Sinopse: Inspirada no universo mitológico das religiões de matriz africana e partindo da vivência de terreiro do artista João Tomaz Santos criado e adepto do Batuque e da Umbanda. sAgrado apresenta a fé, a dança, os cantos, ritos e, sobretudo, as memórias como forma de expressão dessa religiosidade, constantemente ameaçada por diversos casos de intolerância.
Release: Sob a força da luz de uma vela e tendo por fundamento a ancestralidade que emana dos ritos sAgrados do Batuque – manifestação afro-brasileira de culto aos orixás, encontrada principalmente no sul do Brasil – memórias, histórias e intolerâncias são partilhadas em cena. “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da sua pele, ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar.” (Nelson Mandela).
Sobre a pesquisa: Tudo começou com um desejo profundo de resgatar as memórias e vivências que trago desde o útero da Oxum que me gerou (minha mãe) e me plantou no mundo com a missão de ser um sacerdote do culto aos orixás. Quando em 2008 o teatro chegou como oficio em minha vida, senti que havia algo naquele espaço da cena e da criação cênica que dialogavam diretamente com as expressões e ritos que vivenciei no Batuque. O caminho nas artes cênicas seguiu fluindo e a partir de 2013 passei a documentar, coletar, registrar e experimentar elementos que uniam o cênico com o sAgrado. Foram longos anos e vivências, inicialmente solitárias, indo para a sala de ensaio e tentando coadunar reza com vértebra, manifestação espiritual com dança, história com poesia, intolerância religiosa com denúncia… reminiscência com corporeidade. No dia 20 novembro de 2017 (dia nacional da consciência negra) concluí uma parte do processo onde levamos à publico a Re-existência dessa pesquisa. E percebemos que o material carecia de um olhar de direção teatral. Então, em 2019 iniciamos uma caminhada repleta de descobertas e novas conexões sob a luz sábia do diretor de teatro – e também sacerdote de culto aos orixás – Pépe Sedrez, que veio somar, tornando o que era pesquisa em espetáculo, estabelecendo pontes primorosas para o nosso sAgrado florescer e podermos ofertá-lo à vós. (João Tomaz Santos)
Ficha técnica
Concepção, dramaturgia e Atuação: João Tomaz Santos;
Direção: Pépe Sedrez;
Iluminação: Fabio Libardi e Pépe Sedrez;
Músicas Cedidas por: Alabe Ôni, Clementina de Jesus, Fabiana Cozza, Maisson Carvalho (Grupo Ododuá) e Virgínia Rodrigues;
Cenografia: Fabio Libardi e João Tomaz Santos;
Assessoria cenográfica: Fernanda Zamoner;
Identidade Visual do material gráfico: Pedro Gottardi e Adriel Vieira ;
Operação de Som e Luz: Fabio Libardi;
Produção: Ingrid Lucas;
Classificação indicativa: A partir de 16 anos.
Por onde já passou:
Prêmios
50 min
16 anos